Preparado para as mudanças no agro em 2026?

10/12/2025

A partir de 2026, a fiscalização ambiental no meio rural será muito mais rigorosa, impulsionada por tecnologia, cruzamento de dados, satélites e novas exigências das normas estaduais e federais.

Isso significa que atividades comuns do dia a dia do produtor podem virar infração, mesmo quando antes eram práticas consideradas “normais”.

Por que isso está acontecendo?

Os órgãos ambientais passaram a utilizar tecnologias avançadas como satélites, inteligência artificial e cruzamento de dados que permitem identificar qualquer intervenção irregular, mesmo de pequena escala, de forma rápida e automática. 

Ao mesmo tempo, estados e União estão endurecendo normas ambientais, atualizando regras de licenciamento e restringindo atividades que antes eram comuns no campo, especialmente em APP, manejo de solo, uso da água e supressão vegetal.

Além disso, o crédito rural passou a exigir conformidade ambiental rigorosa, obrigando o produtor a manter CAR atualizado, ausência de embargos e documentação ambiental em dia para acessar financiamentos.

Também há uma pressão nacional e internacional crescente para reduzir o desmatamento e proteger áreas sensíveis, alinhada aos compromissos climáticos e aos ODS, o que tem levado a um controle muito mais rígido sobre qualquer alteração ambiental nas propriedades rurais.

Veja onde a fiscalização será mais rigorosa em 2026:

1. Queima de resíduos ou de restos de lavoura
A prática só pode ocorrer com autorização prévia, caso contrário, é considerada infração ou até crime ambiental.

2. Desmate, mesmo pequeno, sem validação no CAR
Intervenções mínimas já são detectadas por satélite, e autuações têm sido cada vez mais frequentes.

3. Uso de APP para pastoreio ou máquinas
Áreas protegidas estão sob vigilância reforçada, e qualquer impacto pode gerar penalidade.

4. Descarte irregular de embalagens de agroquímicos
Não adianta lavar: o destino deve seguir as normas do Inpev; jogar no lixo comum é infração grave.

5. Abertura de vias internas sem licença
Atividade comum no campo, mas agora exige atenção: virou foco direto da fiscalização.

6. Construção de açudes ou barramentos sem autorização
Mesmo para consumo interno, precisa de outorga ou licença, especialmente se envolver APP.

7. Recuperação de erosão com máquinas
Intervenções ambientais, mesmo conservacionistas, podem exigir autorização formal.

8. Pecuária em áreas recém-identificadas como APP
Atualizações de mapas podem alterar o status da área; operar sem saber pode resultar em multa.

9. Transporte de madeira, lenha ou estacas sem DOF
Mesmo que o material seja da própria propriedade, o documento pode ser obrigatório.

Entre em contato com a Químea para ficar em dia com a legislação e longe de infrações!

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